terça-feira, 15 de outubro de 2013

Tirantes

IMPORTANTE:
Este blog NÃO visa nenhum tipo de merchandising ou recebe algum tipo de patrocínio, visa somente o compartilhamento de informações sobre serviços, técnicas e assuntos sobre o Mundo da Engenharia Civil.
Os sites citados são apenas fontes de pesquisa para os assuntos.

Olá prezados leitores, conforme a ultima postagem sobre serviços relacionados a execução de estradas, hoje compartilharei alguns procedimentos básicos para execução de tirantes 
Vale lembrar que a leitura dos links relacionados são importantíssimos para a melhor compreensão do texto.

Norma Brasileira NBR-5629 Execução de Tirantes ancorados no terreno

Talude Atirantado é um sistema de contenção de taludes baseados em Tirantes.

A função básica do tirante é transmitir um esforço externo de tração para o terreno, através do bulbo. Evidentemente o esforço externo é aplicado na cabeça e transferido para o bulbo de ancoragem através do trecho livre.




O aço constituinte do tirante deve suportar o esforço com uma segurança adequada em relação ao escoamento e ainda deve ter uma proteção adequada contra a corrosão, conforme definido na norma brasileira, para garantir sua durabilidade.




O Bulbo de Ancoragem é uma estrutura de concreto injetado que fica firmemente ancorado em terreno firme.
Tirantes são fios ou barras de aço introduzidas no talude, uma das pontas fica bem ancorada no Bulbo de Ancoragem e a outra ponta fica presa, por meio de porca ou cunha numa Placa de Apoio.
O Tirante pode ter grande comprimento, podendo atingir mais de 20 metros. Como as camadas superficiais de um talude é formado, geralmente, por material fraturado, desagregado e de baixa resistência, o Projeto do Tirante se baseia na Sondagem Geológica (NBR 11682) que vai definir a cota do Bulbo em região de material firme.
Em taludes instáveis, com tendência a escorregamentos, a posição do bulbo é definida em região longe da área instável.
Caso o solo tenha matacões ou outras manifestações de rocha, procura-se inserir o bulbo dentro da rocha furando-a com o auxílio de uma broca diamantada.


O comprimento do Bulbo é calculado em função das características do terreno. Calcula-se o comprimento de ancoragem do cabo no concreto e o comprimento de ancoragem do bulbo no solo.



A Laje de Apoio é uma laje de concreto armado dimensionado para distribuir, de um lado, as tensões do terreno e de outro as tensões da Placa de Apoio.

Devido às cargas elevadas a que fica sujeita, a Laje de Apoio possui espessuras elevadas, cerca de 30 a 40 centímetros de espessura em ate lajes com 4 X 4 metros, no caso de Cortina Atirantada, a Laje pode ter 1,20 m de espessura, se necessário.
Taludes Atirantados podem ser executados em etapas, laje a laje. Quando as lajes são protendidas o maciço não sofre o Alivio de Tensões. Cuidados especiais como deixar bancadas intercaladas sem escavar garantem a integridade do maciço.



A Placa de Apoio é uma estrutura feita de aço e possui furos para a passagem dos Tirantes e formato para acomodar os Parafusos de Ancoragens ou Cunhas de Ancoragens.
Outros tipos de tirantes
No caso do Tirante do tipo MONOCABO, sua fixação é feita por meio de uma Porca de Fixação rosqueada nas mossas.
No caso de Tirante do tipo CORDOALHA, sua fixação é feita por meio de Cunhas de Fixação.
Todo o conjunto formado pela Placa de Apoio, Parafuso ou Cunhas deve receber uma proteção em concreto com cobrimento mínimo de 3 centímetros.
Essa proteção de 3 centímetros também é aplicada ao longo do Tirante e também ao longo do Bulbo.
Aplica-se Calda de Cimento preparado conforme norma NBR-7681 com fator água/cimento de 0,5 e resistência aos 28 dias de pelo menos 25 MPa.
No caso da proteção do Tirante, a norma brasileira exige que o mesmo tenha dupla e às vezes até tripla proteção. Então, normalmente o tirante recebe uma capa, uma espécie de mangueira, plástica que é conhecida como Primeira Proteção, depois uma camada com pelo menos 3 centímetros de Nata de Cimento conhecida como Segunda Proteção e dependo das condições do local (solo agressivo), o Tirante pode receber uma Terceira proteção que seria uma pintura epóxi ou galvanização feita na fábrica.
No trecho ancorado são utilizados espaçadores, para manter os elementos de aço igualmente espaçados entre si e sem contato direto com o solo ou com a rocha, de tal forma que a calda de cimento ou a resina injetada mantenha um recobrimento e envolvimento total dos cabos, fios ou barras.
Cada um dos tirantes deve ser ensaiado e os resultados anotados no Relatório de Ensaio do Tirante.



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Fontes de pesquisa e sites relacionados:








segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Estradas

IMPORTANTE:
Este blog NÃO visa nenhum tipo de merchandising ou recebe algum tipo de patrocínio, visa somente o compartilhamento de informações sobre serviços, técnicas e assuntos sobre o Mundo da Engenharia Civil.
Os sites citados são apenas fontes de pesquisa para os assuntos.

Olá prezados leitores, abordarei alguns serviços básicos relacionados à construção de uma estrada, não serão contemplados assuntos tais como: licenças ambientais, desapropriações, obras de artes especiais, entre outros, apenas alguns tópicos relevantes para termos ideia de como proceder na sequência executiva.
Vale lembrar que a leitura dos links relacionados são importantíssimos para a melhor compreensão do texto.

“Três fases são essenciais para a construção de estradas: o planejamento, projeto e construção. Durante o planejamento da construção de estradas define-se a função principal delas e, a partir daí, determina-se o seu traçado, resistência e quais serão os materiais usados no projeto de construção de estradas. Na fase do planejamento da construção de estradas são calculados o volume, velocidade e densidade do tráfego, os tipos e pesos dos veículos que irão circular no local, se haverá aumento no volume de tráfego, a possibilidade de acidentes, custos da construção de estradas, operação e manutenção das mesmas. Após a construção de estradas, quando se trata das rodovias, também são imprescindíveis às ações de sinalização e manutenção das vias.”

Locação topográfica
ü  Marcação do eixo
ü  Marcação do off-set ( taludes de corte e aterros)
ü  Definição da faixa de domínio da rodovia


   No desenho acima, a estrada não pode seguir a diretriz geral (linha reta AB). Vários motivos influenciaram a criação de uma diretriz parcial. A estrada deve passar próximo à vila para atender a população (ponto C), deve passar pelo ponto mais estreito do rio (ponto 1), não apenas para possibilitar uma ponte menos onerosa, como também reduzir a área de pesquisas geológicas para estudos de fundações da ponte. Não deverá também cortar o rio três vezes pois exigiria a construção de três pontes (ponto 2). O aterro sobre banhado é sempre complicado (ponto 3) e grandes cortes são sempre caros. Os pontos A, B e C são pontos obrigatórios de passagem de condição e não dependem de condições técnicas. Já os pontos 1, 2 e 3, são pontos obrigatórios de passagem de circunstância.

Limpeza da faixa de domínio
ü  Derrubada e remoção do material vegetal
ü  Remoção de interferências maciças, tais como blocos de rocha, edículas, etc.
Dimensões da estrada (número de faixas, acostamento, canteiro central).

Reconhecimento do terreno, corte e aterro.
ü  Solos: material que pode ser escavado com ferramentas comuns e sem uso de explosivos.
ü  Solos com baixa capacidade de suporte que, se carregados com o peso próprio do aterro, levam a ocorrência de recalques exagerados e, eventualmente, a escorregamentos laterais.
ü  Rocha: material que só pode ser escavado com ajuda de ferramentas especiais e/ou com o uso de explosivos
ü  Solo mole: tipo de solo com muita matéria orgânica e propriedades que não atingem a compactação necessária, deve ser removido e o local será preenchido com material de 1ª ou 2ª categoria ou de “rachão de pedra”.
ü  Implantação de drenos verticais (rebaixo de lençol freático) ou horizontais para acelerar a drenagem local;
ü  Dispositivos de drenagem: talvegues, canaletas, sarjetas, meio-fio, escada hidráulica, bueiros, caixas de dissipação de energia, etc.

 Pavimento Flexível
Regularização do subleito
ü  Camada com espessura variável;
ü  Executada quando se faz necessária a preparação do subleito da estrada, para conformá-lo, transversal e longitudinalmente, com o projeto;
ü  Pode em alguns trechos não ocorrer;
ü  Deve ser executada sempre que possível em aterro
Reforço do subleito
ü  Camada necessária quando o subleito possui baixa capacidade de carga é também utilizada para redução da espessura da sub-base;
ü  Possui espessura constante;
ü  É construída acima da regularização e possui características técnicas superiores ao material do subleito e inferiores ao material que vier acima.
Sub-base
ü  Camada utilizada para reduzir a espessura da base;
ü  Exerce as mesmas funções da base, sendo complementar a esta;
ü  Tem como funções básicas resistir às cargas transmitidas pela base, drenar infiltrações e controlar a ascensão capilar da água, quando for o caso.
Base
ü  Camada estruturalmente mais importante
ü  Função: resistir e distribuir os esforços provenientes da ação do tráfego, atenuando a transmissão destes esforços às camadas subjacentes;
ü  Geralmente é construída com materiais estabilizados granulometricamente ou quimicamente, através do uso de aditivos (cal, cimento, betume etc).
Revestimento
ü  Destinado a melhorar a superfície de rolamento quanto às condições de conforto e segurança, além de resistir ao desgaste;
ü  É constituído por uma combinação de agregado mineral e material betuminoso;
ü  O agregado (cerca de 90% a 95%)
·         Suporta e transmite as cargas aplicadas pelos veículos.
·         Resiste ao desgaste imposto pelas solicitações.
ü  Material betuminoso (asfalto)
·         Compõe entre 5% e 10% do revestimento;
·         Elemento aglutinante, que liga os agregados;
·         Ação impermeabilizante (oferece resistência à ação das águas provenientes das chuvas).
Tipo de Revestimento
ü  Concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ):
·         Definição: mistura executada a quente em usina apropriada, com características específicas, composta por agregado mineral graduado, material de enchimento (filer) e ligante betuminoso, espalhada e compactada a quente.
ü  Pré-misturado a quente: quando o ligante e o agregado são misturados e espalhados na pista ainda quentes
     ü  Pré-misturado a frio: a mistura é executada à temperatura ambiente em usina apropriada, composta por agregado mineral graduado, material de enchimento (filer) e emulsão asfáltica, espalhada e compactada a frio.
ü  Areia asfalto a quente:
·         Definição: mistura executada a quente, em usina apropriada, de agregado miúdo, material de enchimento (filer) e cimento asfáltico, espalhada e compactada a quente
ü  Micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero:
·         Definição: consiste na associação de agregado miúdo, material de enchimento (filer), emulsão asfáltica modificada por polímero, água e aditivos se necessário, com consistência fluida, uniformemente espalhada e compactada a frio. Os agregados podem ser areia, pó de pedra ou ambos.
ü  Revestimentos betuminosos por penetração invertida ou tratamentos superficiais:
·         Definição de tratamento superficial simples (TSS): camada de revestimento do pavimento constituída de uma aplicação de ligante betuminoso coberta por camada de agregado mineral, submetida à compressão.
ü  Tratamento superficial duplo (TSD): camada de revestimento do pavimento constituída por duas aplicações sucessivas de ligante betuminoso, cobertas cada uma por camada de agregado mineral, submetidas à compressão.
ü  Tratamento superficial triplo (TST): camada de revestimento do pavimento constituída por três aplicações sucessivas de ligante betuminoso, cobertas cada uma por camada de agregado mineral, submetidas à compressão.


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Fontes de pesquisa:
http://ipr.dnit.gov.br/indexnormas.php

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Içamento de Vigas para Obras de Artes Especiais

IMPORTANTE:
Este blog NÃO visa nenhum tipo de merchandising ou recebe algum tipo de patrocínio, visa somente o compartilhamento de informações sobre serviços, técnicas e assuntos sobre o Mundo da Engenharia Civil.
Os sites citados são apenas fontes de pesquisa para os assuntos.

Olá queridos leitores,
Realizo minha primeira publicação em um blog e sempre que possível compartilharei conhecimentos e experiências profissionais adquiridos no dia a dia, desse fantástico Mundo da Engenharia Civil.
A cada dia aprendo um pouco mais sobre a verdadeira Engenharia Civil, as necessidades (dificuldades) nos levam a criar (ou copiar) técnicas para executar os serviços sempre mantendo a qualidade e segurança conforme os parâmetros estabelecidos pela ABNT.
Para esse meu primeiro post falarei sobre a Treliça Lançadeira, que permite o lançamento de vigas com até 140 toneladas de peso total em vãos de até 45 metros. (assista o vídeo clicando no link)
Realiza também o lançamento de aduelas para viadutos, com plena segurança e o mínimo de mão de obra. A Treliça Lançadeira pode operar em rampas de até 6% com carga total e sem nenhum recurso especial.
A treliça realiza todas as etapas de operação de lançamento, desde a pega da viga no pátio de pré-moldados até o posicionamento da mesma nos apoios.
Seu avanço não depende de nenhum outro equipamento e, em condições normais, ela mesma transporta os apoios, os cavaletes e os demais acessórios necessários ao lançamento. 

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Fontes:


Sites relacionados:

Contribuiu: Roberto Ferrarezi