segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Estradas

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Este blog NÃO visa nenhum tipo de merchandising ou recebe algum tipo de patrocínio, visa somente o compartilhamento de informações sobre serviços, técnicas e assuntos sobre o Mundo da Engenharia Civil.
Os sites citados são apenas fontes de pesquisa para os assuntos.

Olá prezados leitores, abordarei alguns serviços básicos relacionados à construção de uma estrada, não serão contemplados assuntos tais como: licenças ambientais, desapropriações, obras de artes especiais, entre outros, apenas alguns tópicos relevantes para termos ideia de como proceder na sequência executiva.
Vale lembrar que a leitura dos links relacionados são importantíssimos para a melhor compreensão do texto.

“Três fases são essenciais para a construção de estradas: o planejamento, projeto e construção. Durante o planejamento da construção de estradas define-se a função principal delas e, a partir daí, determina-se o seu traçado, resistência e quais serão os materiais usados no projeto de construção de estradas. Na fase do planejamento da construção de estradas são calculados o volume, velocidade e densidade do tráfego, os tipos e pesos dos veículos que irão circular no local, se haverá aumento no volume de tráfego, a possibilidade de acidentes, custos da construção de estradas, operação e manutenção das mesmas. Após a construção de estradas, quando se trata das rodovias, também são imprescindíveis às ações de sinalização e manutenção das vias.”

Locação topográfica
ü  Marcação do eixo
ü  Marcação do off-set ( taludes de corte e aterros)
ü  Definição da faixa de domínio da rodovia


   No desenho acima, a estrada não pode seguir a diretriz geral (linha reta AB). Vários motivos influenciaram a criação de uma diretriz parcial. A estrada deve passar próximo à vila para atender a população (ponto C), deve passar pelo ponto mais estreito do rio (ponto 1), não apenas para possibilitar uma ponte menos onerosa, como também reduzir a área de pesquisas geológicas para estudos de fundações da ponte. Não deverá também cortar o rio três vezes pois exigiria a construção de três pontes (ponto 2). O aterro sobre banhado é sempre complicado (ponto 3) e grandes cortes são sempre caros. Os pontos A, B e C são pontos obrigatórios de passagem de condição e não dependem de condições técnicas. Já os pontos 1, 2 e 3, são pontos obrigatórios de passagem de circunstância.

Limpeza da faixa de domínio
ü  Derrubada e remoção do material vegetal
ü  Remoção de interferências maciças, tais como blocos de rocha, edículas, etc.
Dimensões da estrada (número de faixas, acostamento, canteiro central).

Reconhecimento do terreno, corte e aterro.
ü  Solos: material que pode ser escavado com ferramentas comuns e sem uso de explosivos.
ü  Solos com baixa capacidade de suporte que, se carregados com o peso próprio do aterro, levam a ocorrência de recalques exagerados e, eventualmente, a escorregamentos laterais.
ü  Rocha: material que só pode ser escavado com ajuda de ferramentas especiais e/ou com o uso de explosivos
ü  Solo mole: tipo de solo com muita matéria orgânica e propriedades que não atingem a compactação necessária, deve ser removido e o local será preenchido com material de 1ª ou 2ª categoria ou de “rachão de pedra”.
ü  Implantação de drenos verticais (rebaixo de lençol freático) ou horizontais para acelerar a drenagem local;
ü  Dispositivos de drenagem: talvegues, canaletas, sarjetas, meio-fio, escada hidráulica, bueiros, caixas de dissipação de energia, etc.

 Pavimento Flexível
Regularização do subleito
ü  Camada com espessura variável;
ü  Executada quando se faz necessária a preparação do subleito da estrada, para conformá-lo, transversal e longitudinalmente, com o projeto;
ü  Pode em alguns trechos não ocorrer;
ü  Deve ser executada sempre que possível em aterro
Reforço do subleito
ü  Camada necessária quando o subleito possui baixa capacidade de carga é também utilizada para redução da espessura da sub-base;
ü  Possui espessura constante;
ü  É construída acima da regularização e possui características técnicas superiores ao material do subleito e inferiores ao material que vier acima.
Sub-base
ü  Camada utilizada para reduzir a espessura da base;
ü  Exerce as mesmas funções da base, sendo complementar a esta;
ü  Tem como funções básicas resistir às cargas transmitidas pela base, drenar infiltrações e controlar a ascensão capilar da água, quando for o caso.
Base
ü  Camada estruturalmente mais importante
ü  Função: resistir e distribuir os esforços provenientes da ação do tráfego, atenuando a transmissão destes esforços às camadas subjacentes;
ü  Geralmente é construída com materiais estabilizados granulometricamente ou quimicamente, através do uso de aditivos (cal, cimento, betume etc).
Revestimento
ü  Destinado a melhorar a superfície de rolamento quanto às condições de conforto e segurança, além de resistir ao desgaste;
ü  É constituído por uma combinação de agregado mineral e material betuminoso;
ü  O agregado (cerca de 90% a 95%)
·         Suporta e transmite as cargas aplicadas pelos veículos.
·         Resiste ao desgaste imposto pelas solicitações.
ü  Material betuminoso (asfalto)
·         Compõe entre 5% e 10% do revestimento;
·         Elemento aglutinante, que liga os agregados;
·         Ação impermeabilizante (oferece resistência à ação das águas provenientes das chuvas).
Tipo de Revestimento
ü  Concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ):
·         Definição: mistura executada a quente em usina apropriada, com características específicas, composta por agregado mineral graduado, material de enchimento (filer) e ligante betuminoso, espalhada e compactada a quente.
ü  Pré-misturado a quente: quando o ligante e o agregado são misturados e espalhados na pista ainda quentes
     ü  Pré-misturado a frio: a mistura é executada à temperatura ambiente em usina apropriada, composta por agregado mineral graduado, material de enchimento (filer) e emulsão asfáltica, espalhada e compactada a frio.
ü  Areia asfalto a quente:
·         Definição: mistura executada a quente, em usina apropriada, de agregado miúdo, material de enchimento (filer) e cimento asfáltico, espalhada e compactada a quente
ü  Micro revestimento asfáltico a frio com emulsão modificada por polímero:
·         Definição: consiste na associação de agregado miúdo, material de enchimento (filer), emulsão asfáltica modificada por polímero, água e aditivos se necessário, com consistência fluida, uniformemente espalhada e compactada a frio. Os agregados podem ser areia, pó de pedra ou ambos.
ü  Revestimentos betuminosos por penetração invertida ou tratamentos superficiais:
·         Definição de tratamento superficial simples (TSS): camada de revestimento do pavimento constituída de uma aplicação de ligante betuminoso coberta por camada de agregado mineral, submetida à compressão.
ü  Tratamento superficial duplo (TSD): camada de revestimento do pavimento constituída por duas aplicações sucessivas de ligante betuminoso, cobertas cada uma por camada de agregado mineral, submetidas à compressão.
ü  Tratamento superficial triplo (TST): camada de revestimento do pavimento constituída por três aplicações sucessivas de ligante betuminoso, cobertas cada uma por camada de agregado mineral, submetidas à compressão.


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Fontes de pesquisa:
http://ipr.dnit.gov.br/indexnormas.php

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